Ok, o período do “Mãe, de onde são feitos os bebês?” já passou. Aí chega o tempo de outro tipo de bate-papo. Dos 12 aos 15 anos, a vontade sexual dar início nos adolescentes. As olhadas para as meninas mudam e as ereções começar a parecer. As paqueras e as carícias entre eles também entram em cena.
A mente está cheia de confusões, mesmo com muitos conhecimentos, a maior parte adquiridas com amizades ou no pai dos burros Google (antigamente era o dicionário, rsrsrs). Com isso, é hora de conversar sobre cuidados, uso de preservativos e anticoncepcionais, para impedir gravidez e doenças sexualmente transmissíveis (DST’s). Mas como falar com seus pais sobre sexo?
Quando as cegonhas já não são o bastante para as respostas e o tabu ainda impera nas casas da maioria dos jovens e adolescentes quando o tema é sexualidade, o que fazer para quebrar o climão?
A resposta: não há uma resposta modelo para todos os episódios, porque depende muito do tipo de proximidade que você tem com sua família.
Entretanto, se a ideia é iniciar um papo mais sério, ao menos prefira um momento menos agitado na rotina deles.
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Não adianta chegar logo e falando “Mãe, me tire uma dúvida sobre gravidez” assim que ela chega estressada do expediente ou está de saída para uma obrigação.
E sobre contar ou não contar sobre a primeira transa? Depende…
Se você tiver uma aproximação muito grande com seus pais e, por isso, acha que deve partilhar TUDO com eles, pode se sentir melhor expondo sobre um momento importante da sua vida. Mas, é evidente, vai ter carão! Afinal, vocês não são best friendy forever (bff), e sim pais e filha.
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Basta apenas se pôr no lugar deles ao imaginar a ideia da filhinha, que até outro dia era quase um bebê, fazendo sexo. Não é uma coisa muito agradável, certo? Caso a transa não tenha sido com um namorado fixo ou sendo jovem demais, pior ainda…
Dicas técnicas e considerações sobre como dialogar com seus pais sobre sexo:
- Seja direto, vá de imediato ao ponto do seu questionamento, sem fazer rodeios.
- É difícil falar? Rediga cartas para dar início a conversa… Isso às vezes dá certo para muita gente. Coloque seus anseios e sentimentos, assim vai poder dar margem para uma conversa olho no olho.
- Use apps de mensagens (como Whats App) para sugerir que necessita conversar e tirar umas dúvidas. No impulso dos aplicativos, não é possível que você volte atrás na solicitação de uma “reunião especial”. Ou seja, mandou a mensagem, já foi! Pronto… A seguir, é só respirar fundo e conversar.
- Caso prefira, conte com ajuda de um familiar mais achegado, um adulto mais próximo a você, que possa tornar fácil o diálogo para iniciar.
- Lembre-se que, normalmente, é tarefa da mãe falar com a filha sobre sexualidade, enquanto o pai tem a função de dar aos garotos as primeiras orientações nesse campo. Porém, em algumas famílias, isso pode funcionar de maneira diferente ou, ainda, não ficar muito evidente.
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Se, entre eles, os pais não têm um diálogo sobre o tema, possivelmente, os filhos não serão bem esclarecidos.
- Tenha na cabeça que, assim como não é para você, também não seja fácil para eles também. Seus pais são de um tempo antigo e nem sempre eles tiveram a oportunidade de ter uma boa educação sexual quando eram adolescentes – se é que tiveram.
- Aproveite os conhecimentos adquiridos em sala de aula para começar a conversa. Na maioria dos lares, esse diálogo não ocorre, porém com o apoio da escola, você pode utilizar os conhecimentos que aprendeu para quebrar o gelo.
Por exemplo: o menino aprendeu a usar a preservativo; enquanto a menina escutou a professora discorrer sobre gravidez, dentre outros.
- Observações em livros, websites e programas de TV também servem de base para conversas com os pais sobre sexo.
O importante é procurar conteúdo apropriado, com boa procedência, e trazer o assunto para dentro do lar. É melhor fazer isso, ao invés de focalizar naquelas conversas com colegas de escola ou do bairro, que nem sempre sabem do que estão falando ou extrapolam um pouco nos acontecimentos.
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As ideias têm que ser discutidas e ajustadas de maneira objetiva e correta. Com certeza, lá na frente, quando se tornarem pais, os jovens de agora terão a chance de um bate-papo melhor, mais aberto, com seus filhos.
E confiantes do que dizer – e como dizer – o que deve ou não ser praticado quando o assunto é sexo seguro e sexualidade, especialmente na temida primeira vez.
Boa sorte na conversa e até breve!