Um assunto que gera muita polêmica: adolescentes e bebidas alcoólicas. A venda é proibida para menores de 18 anos, conforme a legislação brasileira. No entanto, muitos adolescentes têm fácil acesso em casa, festas privadas, e até em locais públicos.
O amigo mais velho faz o serviço: compra e leva para os mais jovens. Festa “garantida”! O consumo começa por vários motivos, e um deles é que o álcool “encoraja” a moçada a tomar certas atitudes. O fato é que, por motivos sentimentais ou apenas sexo casual, o álcool sempre esteve associado ao lazer.
E se parecer desafiador, o jovem topa na mesma hora, é a fase de quebrar regras. O imaturo adolescente se sente seguro e sempre acha que seus atos nunca terão consequências.
As pesquisas apontam que o álcool é a bebida que os jovens mais consomem. O que é uma pena, pois temos provas de que esse “casamento” traz, muitas vezes, resultados indesejáveis.
O consumo em excesso, que, aliás, começa cada vez mais cedo, eleva a possibilidade desse jovem se tornar dependente, implicando em um desenvolvimento incerto para o seu futuro. E engana-se quem pensa que esse cenário é exclusivo apenas para os garotos. As meninas têm bebido tanto quanto os meninos, até mais, muitas vezes.
Existe uma lista de motivos para explicar o consumo tão precoce: promove a redução da ansiedade (por esse motivo, algumas pessoas tendem a desenvolver o vício mais que outras); causas de fundo emocional e genético; os amigos que pressionam; além da sensação de que pode tudo, que é inerente à juventude.
Outro motivo que facilita o primeiro contato é o valor da bebida, que em geral custa pouco, além de quase não existir uma fiscalização na venda, que é proibida.
Ainda que não haja um consumo excessivo ou dependência comprovados mediante exames médicos, o jovem corre riscos ao tornar a ingestão de álcool um hábito para ganhar “forças” para lidar com as situações que a vida lhe trouxer.
O álcool é tóxico ao organismo, e em qualquer quantidade, então vale repensar sobre o uso exagerado. Além disso, a situação se complica mais ainda, já que o metabolismo de um jovem intensifica esses efeitos nocivos ao corpo.
Outro problema gravíssimo associado ao álcool é a embriaguez no volante, que acarreta em acidentes no trânsito, deixando, muitas vezes, várias vítimas, e algumas delas fatais.
A imaturidade da fase jovem aliada ao álcool promove comportamentos, de certo modo, agressivos, o que implica em envolvimento com grupos criminosos e ações de violência sexual.
Perceba na lista abaixo mais resultados desse “casamento” nada perfeito na vida de um adolescente:
- Nesta etapa da vida, a adolescência, mortes violentas estão associadas ao álcool, como apontam as pesquisas;
- Outra consequência aliada ao consumo em excesso de bebidas alcoólicas é o declínio no desempenho escolar;
- A dificuldade em aprender e desenvolver o intelecto aumenta com a ingestão do álcool;
- Como os adolescentes estão numa fase de amadurecimento do cérebro, a ingestão da bebidas alcoólicas pode afetar a memória;
- O álcool, além de todos esses aspectos, torna os jovens mais impulsivos.
Por ser mais facilmente aceito em meio social, o combate ao uso do álcool se torna mais difícil. É normal ver pais que não recriminam tanto seus filhos quando bebem quanto quando fumam maconha ou fazem uso de drogas mais pesadas, isso por que todos bebem mesmo, não é?!
Essa mistura, juventude e bebidas alcoólicas, não traz bons resultados, mas não basta proibir.
Diante dessa situação, é necessário manter diálogo com os jovens e expor os malefícios que esse abuso traz para saúde e, em alguns momentos, para integridade física dos mesmos, além de deixar claro que não há outra opção: o correto é não beber.
Vamos ficar atentos aos exemplos. Os pais devem demonstrar através, de ações, que beber de forma exagerada não faz bem em nenhum aspecto e, com certeza, beber descontroladamente nos finais de semana não é um bom exemplo.
Reflita e até logo!