Quando não temos amor por nós mesmos, as relações com os outros ficam mais difíceis – ou até impossíveis. Afinal, a tendência é fazer com os demais aquilo que fazemos conosco. E ainda: se eu não consigo ser feliz comigo, como posso ser na companhia de outra pessoa?
Mas não é “só” isso! Querer bem a si mesmo tem várias outras consequências, inclusive na saúde física e psíquica, além de influenciar a forma como conduzimos nossa carreira. Confira a importância do amor-próprio:
• A admiração por nós mesmos faz com que busquemos o nosso bem-estar. O que é de grande ajuda especialmente entre os que sofrem de depressão.
Em crises depressivas, a pessoa que não tem amor-próprio, que sofre com baixa autoestima, entra em um verdadeiro círculo vicioso distorcido sobre a própria imagem. É que a doença afeta a maneira como o paciente se enxerga e enxerga o mundo ao seu redor.
• Sem amor-próprio, é comum surgirem as comparações constantes, a autocrítica severa, o foco naquilo que não sabemos fazer – em vez da valorização dos pontos positivos.
Com isso, entram em cena os sentimentos de culpa e inutilidade, que em longo prazo acabam tirando de nós a capacidade de identificar nossas qualidades. Ou pior, passamos a acreditar que não temos nada de bom, em nenhum aspecto.
• Quando amamos alguém, a tendência é cuidar dessa pessoa, agradar, proteger… No caso do amor-próprio, ficamos em sintonia com nossa felicidade, nossa satisfação.
Mas atenção: não confundir com egoísmo, ok? É bom que se diga que o egoísta faz qualquer coisa para se beneficiar, mesmo que precise prejudicar ou ferir outro ser humano.
• A falta de consideração e respeito por si próprio influencia as escolhas, tanto pessoais quanto profissionais. Sabe aquela sua amiga que sempre atrai namorado que a maltrata psicologicamente e até fisicamente? Pois é…
• Sem amor-próprio, ficamos mais susceptíveis às críticas de qualquer pessoa, mesmo que ela não tenha a menor importância para nós – ou que não tenha condições morais e técnicas de avaliar nossas decisões em casa ou no trabalho.
• Quando não gostamos de nós mesmos, nos rebaixamos mais facilmente e nos submetemos a situações às quais diríamos um belo NÃO se estivéssemos em paz conosco, com o que somos.
E não se engane! Quando alguém perceber que você vive se rebaixando, certamente esse alguém fará o mesmo com você – isso se tiver vontade de estar por perto. Imagine, se for o caso, a frustração que é esperar que essa tal pessoa ame você…
Pode até ser engraçadinho rir dos próprios defeitos de vez em quando, pois a vida fica mais leve e precisamos exercitar a humildade. Mas viver se menosprezando, não!
• Na área profissional, especificamente, se você não confia em si mesmo, como é que os colegas e gerentes poderão confiar? Como eles acreditarão que você é capaz de realizar uma tarefa ou ocupar uma posição melhor na empresa se você mesmo duvida disso?
• O amor-próprio é importante também porque nos ajuda a desapegar do passado, superar as dores e perdas que, inevitavelmente, surgem em nossa caminhada. Ele nos faz entender que se algo não acrescenta, então, não vale a pena.
Concordo que cultivar o amor-próprio não é fácil, pois envolve muitas questões, inclusive fatos que aconteceram na infância. Mas, com muito esforço, e ajuda profissional se necessário, chegamos lá!
O processo pode ser lento; podemos ter recaídas de vez em quando. Porém, não há dúvida de que aprender a valorizar quem somos, o que temos por dentro, é mais gratificante do que qualquer elogio que venha de fora, do que esperar a aprovação de um olhar externo.
Muitas vezes, quem nos olha – e nos critica ou humilha – também precisa melhorar muita coisa e, portanto, não deveria ter esse “poder” todo de abalar nossa autoconfiança, concorda?
Pense nisso! Lute pelo seu amor-próprio, mesmo sabendo que não é perfeito. Ninguém é… Até o próximo artigo!