Tudo tem sua hora. Quem nunca ouviu esta frase? Ela soa como se, no dia D, em uma espécie de ato místico, tudo entrasse nos eixos. Mas no contexto como falar sobre sexo com os filhos, a coisa não parece nada fácil, espontânea ou natural para muitos pais – em pleno século XXI.
Se você faz parte desse time, calma, que hoje eu trago dicas para tornar sua missão menos tensa. Veja:
- Para fugir da vergonha, lembre-se que tocar no assunto com os jovens ajuda a protegê-los, minimiza a exposição a certos riscos.
- Se for uma criança pequena, não tente escapar de perguntas; não deixe seu filho sem resposta.
- A criança define a hora de conversar sobre sexo. Não existe ‘tempo certo’ para falar isso. Quando ela iniciar as perguntas, então, chegou o momento.
- Tenha em mente que, dependendo da idade do seu filho, você não precisa se aprofundar em determinadas questões.
Geralmente, a primeira pergunta surge entre 2, 3 anos de idade. E a resposta deve abranger somente o necessário, ou seja, não precisa dar aula. - Não minta para seu filho ao tratar de sexo. Muitas crianças perguntam de onde vem o bebê. Ok, cada caso é um caso, e o recomendado é tentar caminhos variados para responder.
Só não esqueça que conversar é importante, já que a iniciação sexual marca a vida da pessoa – e é fundamental deixar claro que o filho ou filha pode contar com a cumplicidade dos pais.
- Conversa franca não significa que você tenha todas as respostas na ponta da língua, prontas e perfeitas. Portanto, pegue leve na cobrança, pois ela pode até ‘travar’ o diálogo, atrapalhar o processo natural. ´
Estar disposto a conversar ajuda muito! Para o jovem, a sensação de acolhimento conta; é a oportunidade de encontrar em casa a chance de tirar dúvidas sem parecer que está fazendo algo ilícito ou coisa parecida.
- Nada de confrontar o adolescente com perguntas do tipo ‘Já transou?’, ‘Já tem pelos?’ etc. Mesmo que feitas um jeito carinhoso, brincalhão, seu filho pode ficar constrangido.
Quando estiverem assistindo à tevê juntos, vale a pena aproveitar os exemplos retratados na tela para abordar sexo e sexualidade.
Uma boa maneira de entrar no assunto é falando da própria adolescência.
Você pode citar uma dúvida que teve na época, um livro ou artigo que leu… e até ligar o tópico aos dias atuais aproveitando para sugerir sites confiáveis para ele dar uma olhadinha, já que a internet está com tudo.
E tente saber, de forma geral, como andam as coisas hoje em dia, se mudaram muito em relação ao que você comentou, se os amigos dele vivem casos parecidos ou o que o jovem mesmo pensa a respeito.
O foco deve ser o seguinte: não questione a experiência pessoal dele.
- Sem monólogo, hein! Jogar informações como uma metralhadora e esperar que seu filho absorva tudo não é uma boa opção. O certo é conversar, e não ter um monólogo.
Porém, é natural ter dificuldade de saber como está o próprio filho. Os pais têm interesse em passar algum tipo de instrução e ser ouvidos, mas ficam constrangidos com diálogo sobre as dúvidas e experiências deles, os filhos.
- Se for muito complicado para você, tente perceber um conselheiro ideal, aquela pessoa com quem seu filho fica mais à vontade para falar de sexo.
Pode ser um tio, a mãe, o pai, um primo mais velho etc. E certifique-se de que a tal pessoa conselheira tem responsabilidade e informações corretas para a função.
- Comente sobre o corpo da criança, sobre a sua individualidade. Fale que o corpo é só dela, e ninguém pode tocá-lo por baixo da roupa e/ou sem o seu consentimento, por exemplo. É uma forma de evitar abusos durante a infância, principalmente.
E aí, que tal aproveitar as dicas sobre como falar de sexo com os filhos e tornar tudo mais simples e eficaz? Espero que tenha sucesso!
Boa sorte, e até o próximo post…