Até borboleta aparece no estômago quando estamos apaixonadas – no sentido figurado, é claro…rsrsrsrs… Mas existem várias outras pistas de que o cupido acertou direitinho a flecha dele.
Diz a ciência que o efeito da paixão é como o das drogas, pois os sintomas físicos são praticamente os mesmos. Ou seja, a energia, a frequência cardíaca e a pressão arterial aumentam; ficamos sem comer e sem dormir direito.
É algo inconsciente, cuja conclusão de que está realmente acontecendo não vem do coração (nada contra o romantismo, ok?); quem dá o veredito é o cérebro, ele avisa quando a paixão acontece.
Não é à toa que surgem todas as consequências psicológicas e corporais em quem anda suspirando pelos quatro cantos, com pensamento mais distante do que aquela segunda-feira da dieta que nunca chega.
Apesar disso, do aviso da nossa massa cerebral, não é raro achar que estamos apaixonadas, quando, de fato, não estamos. Porém, isso é outra história – quem sabe outro artigo…
Veja a seguir o que dizem os pesquisadores a respeito do que é “se apaixonar”:
- Ele foi feito para mim, é único…
Típico pensamento de quem está vivendo uma paixão. É quando temos a certeza – ainda que momentânea – de que é ele, nenhum outro serve.
O pacote completo da paixonite aguda vem, ainda, com uma certa incapacidade de ter essa mesma visão romântica por outra pessoa.
Para os cientistas, isso nada tem a ver com o poder de atração do gato (não diretamente ou conscientemente, eu diria). É algo que é consequência do elevado nível de dopamina no cérebro – olha ele aí outra vez!
A dopamina é uma substância química que participa de mecanismos de atenção e foco. Assim, fica até fácil entender o porquê de, quando estamos apaixonadas, não conseguirmos sequer olhar de lado, literalmente. Faz sentido…
- Ele não tem defeitos!
É comum durante a paixão verdadeira mirar nas qualidades positivas do amado e, simplesmente, não enxergar as negativas.
E mais: nos concentramos em coisas triviais, objetos, enfim, tudo o que possa remeter ao eleito. Sonhamos acordadas com momentos preciosos e pequenas lembranças.
A atenção concentrada também tem influência da tal dopamina, assim como da norepinefrina, uma substância química ligada à memória turbinada na presença de estímulos novos.
- Emocional em apuros
Não tem como negar o estado alterado de nossas emoções durante uma paixão. Uma verdadeira montanha-russa que vai da alegria extrema ao desespero.
Ficamos eufóricas, temos insônia, tremores, respiração e coração acelerados, mãos geladas, suor frio, entre outras consequências dos momentos de total sintonia com o motivo de nossa paixão.
Mas ao menor sinal de contratempo ou sofrimento no relacionamento, vem a ansiedade e até o pânico.
São mudanças de humor muito parecidas com aquelas pelas quais passam os viciados em entorpecentes.
Na opinião dos estudiosos, estar apaixonado é uma forma de vício. Tanto é que, ao visualizar uma foto de nossos queridos, ativamos as mesmas áreas do cérebro que um dependente químico põe em atividade.
- O mundo desaba quando não estamos juntos
Qual de nós nunca teve essa sensação? E o que dizer da vontade quase incontrolável de ficar coladinha o tempo todo? É, a paixão tem dessas coisas, meninas!
Há, também, quem regularmente apresente: possessividade, medo de rejeição, ciúme e ansiedade de separação.
Como saber se estou apaixonada?
Fique atenta aos outros sintomas:
- Desejo frequente de uma união emocional maior, incluindo sonhos com planos de um futuro juntos
- Vontade de fazer TUDO pelo outro (até sentir as dores dele)
- Exclusividade, ou seja, atração sexual intensa acoplada a ligações emocionais
- Sensação de perder o controle
Porém, geralmente a paixão não dura para sempre. Ou ela acaba ou evolui para outro tipo de relacionamento, de longo prazo. É quando o que os psicólogos chamam de “apego” dá lugar à codependência.
Espero ter ajudado você a entender o que é estar realmente apaixonada. E que o conteúdo de hoje sirva, de alguma forma, para saber o que você deseja na sua atual fase da vida ou, quem sabe, mais adiante. Boa sorte, e até a próxima!