Dizem que quando o cristal quebra, não tem como juntar seus pedaços. E o mesmo acontece com a descoberta de uma pulada de cerca, ou seja, a confiança já era. Mas há casos e casos e é preciso pensar bem antes de tomar uma atitude.
O diálogo com o parceiro ou parceira é muito importante ao perceber os sinais de traição, embora a descoberta deixe os nervos à flor da pele.
Para conseguir superar uma decepção amorosa desse tipo, o ideal é que a pessoa traída não se sinta culpada e tente identificar o que pode ter levado o parceiro a agir dessa forma.
Outro ponto fundamental é refletir com calma se vale à pena ou não continuar no relacionamento. O processo é doloroso, mas precisa de sensatez. Afinal, trair nem sempre quer dizer que o amor chegou ao fim e a crise pode ser uma chance de recuperar a paixão.
É claro que não é fácil relevar algo assim, pois muitos fatores estão envolvidos. Entre eles, os filhos, as dificuldades financeiras e emocionais do casal, o preconceito social, etc.
Uma coisa é certa: quem opta pelo perdão precisa ignorar a opinião de parentes e amigos, que nem sempre são favoráveis à reconciliação.
Para dar a volta por cima, muitas vezes é importante manter a discrição. Isto é, deixar o assunto apenas entre os parceiros, quando for possível abafar o caso, obviamente. Além disso, o ponto final no deslize pode ser dado quando se acredita no amor.
A verdade é que ninguém está livre de ser traído. Dinheiro, beleza, família, amor sincero, bom sexo, enfim, nada pode blindar completamente um casal. É uma ilusão achar que existe garantia de que NUNCA será alvo de infidelidade.
No entanto, assim como em outras áreas, toda crise traz uma oportunidade de crescimento quando encarada de frente, sem infantilidades, ameaças e chantagens. Mas é preciso cumprir algumas fases.
Etapas que precisam ser vividas para perdoar uma traição
1. Choque – é o momento da dor extrema, quando todos os ideais a respeito do outro e da relação desmoronam. Então, temos a sensação de que não conhecíamos o parceiro realmente. Praticamente todo traído passa por essa fase paralisante.
2. Negação – nessa etapa, muitos querem “ver para crer”, passando a seguir o parceiro para comprovar a infidelidade. Porém, também existem aqueles que agem como se o problema não existisse, mesmo estando cercados de claros sinais da traição.
Nem todos passam pela fase da negação. Muitos vão do choque à raiva, a próxima etapa.
3. Raiva – serve como sistema de autodefesa. Ou seja, para se proteger da dor, surge o ódio. E toda a culpa é jogada nos ombros do parceiro, sem reflexão alguma se havia algo errado no relacionamento.
Existe, ainda, um desejo inconsciente de disfarçar a própria culpa por ter “levado” o cônjuge à infidelidade.
Enquanto o choque paralisa, a raiva movimenta, gera ação, impulsiona a discussão. Assim, mesmo através de palavras duras, a verdade da relação é exposta.
4. Mágoa – o tempo vai passando e, com ele, a raiva que se não desaparece por completo, pelo menos fica mais branda. É quando a pessoa traída é capaz de lembrar do que perdeu de positivo em relação ao traidor.
Entram em cena os prós e contras; a relação é analisada como um todo, com ênfase nos bons momentos compartilhados. Apesar da dor, existe uma lição.
5. Perdão – a traição é vista de uma maneira diferente, nas quais as razões são apontadas e os tais motivos são avaliados com determinantes ou não na continuidade do relacionamento.
6. Superação – geralmente, quem tem um bom relacionamento consegue superar uma traição por causa da parte boa que une o casal.
Existem, ainda, os que dizem ter perdoado, mas que não conseguem superar a pulada de cerca. E a infidelidade vira um fantasma, ameaçando a convivência, voltando sempre que necessário durante brigas. Isto é, marido e mulher não se separam nunca mais, mas isso não quer dizer que vivam bem.
Em poucas palavras: se a página não for virada para valer, é difícil dar continuidade ao relacionamento. Como perdoar uma traição? Não olhe para trás! Boa sorte e até breve!
