Não é obrigatório ter orgasmo e essa não é a única condição na relação sexual, apesar de mexer com a autoestima de quem não consegue chegar ao ápice de prazer.
Anorgasmia é o nome para ausência de orgasmo, uma dificuldade que atinge de 15% a 30% das mulheres no nosso país, segundo a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Mesmo quando a pessoa tem libido e atração pelo parceiro, o problema pode acontecer, isto é, desejo e excitação existem, porém, há um empecilho no momento do clímax.
Detalhe importante: mulheres que já atingiram o ápice do prazer com a masturbação não são consideradas portadoras dessa deficiência.
As mulheres representam de 50% a 70% dos casos de anorgasmia, sendo mais frequente, portanto, em mulheres.
Caso sofra com esse problema saiba que não está sozinha, infelizmente. A falta de orgasmo é cerca de 65% das reclamações em ambulatórios ligados à sexualidade e ginecologia. Às vezes é preciso que se faça algum tipo de terapia cognitiva para descobrir se há algo por trás da anorgasmia.
A rotina pode ser um dos fatores. Quando o relacionamento fica monótono e o zelo entre o casal, em diversos sentidos, já não é o mesmo do início da relação, é muito comum que isso reflita entre quatro paredes.
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Além de tratar a sexualidade, conhecer melhor o próprio corpo e aprender a se comunicar com o seu amado, é necessário aprender a investir na relação para tentar mudar o cenário. Um fator fundamental é saber dizer não diante de situações que você não esteja confortável, como sexo por obrigação.
Sexualidade feminina, tabu e outras questões
A sexualidade feminina ainda é tabu para muitas pessoas, homens e mulheres.
Atualmente, o tema tem sido mais abordado para que elas também sejam donas de seus desejos. O sexo feminino, na maior parte das vezes, teve suas vontades condicionadas às do homem, o que não exclui o sexo.
Transar na hora que eles querem, sem que você esteja à vontade pra isso, não é uma boa, além de dificultar a sensação de prazer e, por sua vez, o orgasmo.
O desempenho íntimo pode ser profundamente afetado por ideias conservadoras, tabus e repressão, impedindo o orgasmo.
A falta de comunicação entre o casal é um fator crucial para a anorgasmia, além da criação de expectativas irreais e a influência da pornografia.
A indústria erótica cria um universo de fantasias que, muitas vezes, serve de base para muitas pessoas, o que interfere no aprendizado real da sexualidade e suas consequências.
O desconhecimento da própria anatomia leva a dificuldade de atingir o ápice. Isso piora quando o parceiro não é muito habilidoso entre quatro paredes. Muitos relacionamentos terminam devido à falta de intimidade, uma vez que o sexo faz parte.
No que se refere o aspecto biológico, o gozo feminino é bem real, sendo até estudado por meio de ressonância nuclear no momento em que ocorre.
Como é o tratamento da anorgasmia?
Conhecer a(s) causa(s) do problema pode ser o primeiro passo para buscar uma solução para a falta de orgasmo feminino. É preciso avaliar vários relacionamentos para se chegar a um resultado… vai que a pessoa não estava em um dia bom, como pode mesmo acontecer.
É preciso analisar o que há por trás para entender por que ela não consegue gozar. Quanto antes as causas forem descobertas, melhor!
Essa situação merece uma visita ao ginecologista para verificar se há problemas orgânicos e, possivelmente, fechar o diagnóstico de anorgasmia.
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Normalmente, uma equipe multidisciplinar formada por ginecologistas, terapeutas, psicólogos e sexólogos forma o grupo perfeito para combater a falta de orgasmo.
É importante dizer que isso não é apenas trabalho da mulher. O casal deve trabalhar junto durante o tratamento para facilitar o processo.
Anorgasmia tem solução! Se você sofre com o problema ou conhece alguém que passa por isso, busque ajuda profissional e compartilhe este artigo.
Até breve…
