O corpo humano emite vários tipos de sons. Situação vexatória é quando algum desses barulhos ocorre durante o sexo. Sim, eles existem: são os gases vaginais. Mas e aí, por que será que eles surgem e será que poderíamos impedi-los?
Algumas mulheres emitem os flatos vaginais durante a hora H, que podem ser entendidos como ruídos semelhantes aos sons dos gases intestinais. É por esse motivo que rola um pouco de constrangimento quando isso acontece durante a transa.
No entanto, não deveria haver motivo para ficar envergonhada. O barulho acontece porque a vagina é uma cavidade que em alguns momentos pode receber ar durante o “entra e sai” da penetração. Ou seja, com o movimento, esse ar termina saindo durante a relação ou pouco tempo depois dela, gerando o barulho.
O canal vaginal, geralmente, está frouxo, fazendo com que uma parede encoste-se à outra e o vazio interno permaneça fechado. Deste modo, nenhum ar entra ou sai do canal no decorrer do dia. A história muda quando é preciso acomodar o pênis.
Pode acontecer de, mesmo no momento da penetração, as paredes da vagina relaxarem e se desencostarem do pênis, permitindo, assim, a entrada do ar, devido à pequena abertura. Com isso, aos pouquinhos, o ar vai se acumulando no interior da vagina. E então é proporcional, quanto mais isso acontece, mais ar é armazenado.
No mesmo instante em que o pênis é retirado da cavidade, todo o ar acumulado é liberado e, por esse motivo, ocorre o mesmo som de quando liberamos os gases pelo ânus.
A mulher não tem como controlar a flatulência que sai da vagina, pois não possui esfíncter (estrutura muscular que permite a abertura e fechamento de um orifício ou canal natural) nesse local, diferente do ânus. Pode acontecer na academia também, ou seja, em situações de grande esforço físico.
A dica é relaxar, pois isso pode acontecer durante o ato sexual, e nenhuma mulher se torna um extraterrestre por causa disso.
E acreditem, alguns homens se excitam com esses sons produzidos pela vagina da mulher. Um motivo e tanto para não se importar com isso.
Entendendo melhor o seu corpo
Algumas mulheres tendem produzir mais os sons que outras. Mas, certas posições favorecem o aparecimento desses gases.
Há um fator a mais para que os gases aconteçam: o parto normal. O músculo da área fica frouxo, o que aumenta a abertura da vagina e permite uma maior entrada de ar.
Para minimizar o problema, existe a chamada fisioterapia uroginecológica. Essa fisioterapia específica auxilia no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico por meio de exercícios de relaxamento e contração, os Exercícios de Kegel. Em poucas semanas, a depender do caso, já é possível perceber os resultados.
Para realizar os exercícios é possível contar com o suporte de cones vaginais, que é um acessório recomendado para o fortalecimento e propriocepção – que é a “competência de, sem utilizar a visão, reconhecer a localização espacial do corpo, a força muscular e a posição de cada parte em relação às demais”.
Esse suporte profissional para contrair o períneo não só nos ajuda na redução dos gases da vagina, mas, também, favorece no aumento do prazer sexual.
Vale lembrar que os companheiros devem enfrentar a situação de maneira divertida, pois os flatos vaginais são mais comuns que imaginamos. A única coisa que devemos ficar atentas é para o cheiro desses gases, pois não pode feder.
Mau cheiro é sinal de alerta. – os vaginais não podem ter odor, diferente dos gases produzidos pelo aparelho digestivo. É preciso consultar um ginecologista, caso esses gases da vagina apresentem cheiro desagradável, pois podem indicar infecção.
Fique atenta e cuide-se. Até o próximo texto!